Camboas
O uso de camboas foi uma prática usual no litoral vianense desde a Idade Média até 1940, surgindo referências às mesmas desde as Inquirições de 1258, até à década de 1940. Nesta última década, e após legislação portuguesa, a qual visava a proteção das espécies alvo de pesca, foi ordenada a demolição das camboas existentes (Magalhães e Batista, 2006).
Tal como descrito por Ivone Magalhães e João Paulo Baptista (2006), as camboas consistiam numas pesqueiras edificadas pelo homem, junto às rochas da praia, as quais aproveitavam as marés, por forma a capturar os peixes (Magalhães e Baptista, 2006)
A existência de camboas no litoral vianense surge documentado em todas as freguesias costeiras, com a exceção de Castelo do Neiva. Assim, desde o conjunto de camboas de Afife, descritas por Avelino Ramos Meira em 1945, às cerca de 31 identificadas por Ivone Magalhães e João Paulo Baptista em Carreço, sabe-se da presença destas pesqueiras em Areosa, Monserrate, Santa Maria Maior, Meadela, Santa Marta de Portuzelo e Vila Nova de Anha. Excluindo-se aqui as camboas do rio Lima, através de documentos do século XVIII e XIX, foi possível atestar a existência de camboas em Areosa, Monserrate e em Vila Nova de Anha.


